quinta-feira, 24 de março de 2011

Tão longe do entender
Está o ser

(Só entende quem sente.
"Que me desculpem os apáticos,
Não tenho medo de sentir.
Eu sinto muito." [Ana Jácomo])

Tão perto do abismo
Ainda se precipita

Somos semelhantes falando línguas estrangeiras
E é tão ligeira a pressa de aprender outra
Que prendemos no peito como se fosse um broche
Uma légua de distância

E o tempo não aproxima
Quem do semelhante se distancia

Ah! quem nos dera se fossemos todos crianças
Que brincando de ciranda
Não veríamos diferença entre o Léo pardo, a Preta Giu, o doutor, o senhorzinho, o pedinte [eu], o negador [elas], o presidente e o Brasil.

[Inspirada Emily Dickinson e pelo caso luto]

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