Acho que de todas as palavras que pronuncio, a mais exibida é a dor
falo, portanto da dor
Porque da ausência dela
Eu não sei falar
E sendo assim
Metade de mim é dor
A outra já se esqueceu de sanar
Metade de mim quer dos amigos ouvir a parte mais cruel
quero ler seus antecedentes criminais
observar detalhadamente cada cicatriz
quero deles a parte mais triste
aquela que sangra.
A outra metade prefere só sorrisos
Largos e felizes. Porque há sorrisos quebrados e infelizes
Metade de mim se sente grávida de desejos
deseja idéias e as gera.
A outra é só descanso
Metade de mim emergência psiquiátrica
A outra conselheira dessa pátria
Metade de mim escuta, ajuda
A outra e surda e mouca. O que dá na mesma
Metade de mim artista, artesã
A outra e louca e sã
Certa metade “é de dona Cecília” dona poetisa
E a outra é Laís. Dona poesia
.
Porque Poetisas sugerem poesias
Pessoas normais sugerem normas.
(...to be)
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
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3 comentários:
ai meu deus!
q linda poesia.
ia dizer outra coisa, mas acho q prefiro mostrar meu sorriso satisfeito, encantado; de um coração que sente tanta identificação..
=D
também adorei este, magalinda.
é de se identificar de imediato.
é tão ferreira gullar, tão magali polida. heiheiuhei
e viva a poesia que brota em ti, broto!
;*
A-MEI
que final-soco, sabe né?
aquele final que te deixa de olho roxo ^^
gostei muito.
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