daqui de cima assisto as ruas movimentadas
de trânsitos em garrafas de gente
pouca poesia brota do asfalto quente
muito embora estivessem molhadas
de chuva
fazia tempo que não via algo assim
o homem explorando o que não é dele
como se tivesse cabimento tomar pra ele
o que há anos tem sido estudado por muitos
enfim
perdi a métrica
muito embora ainda haja
a réplica
vamos embora pra lá
do lado onde há o conflito
vamos ver no que resulta
essa briga
essa luta
terra pra poucos habitar
lugar para grandes construir
e a gente vai sentar nossa bunda aqui
que fique claro:
o verbo fica no infinitivo
pra representar minha vontade infinita
de justiça
sábado, 1 de maio de 2010
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Um comentário:
"terra pra poucos habitar
lugar para grandes construir"
é triste, mas não mais triste do que um certo sentimento chamado impotência, ou pior, aquele outro chamado negligência.
quando essa vontade chamar devemos sem dúvidas ir ao seu encontro. devemos fazer dela nosso traje, nosso calçado, nosso sangue.
um beijo!
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